Em meio às discussões da Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Ocupações, instaladana Câmara Municipal de Natal, o vereador e professor Cláudio Custódio (PP) tem sedestacado pela postura ponderada, fiscalizadora e responsável.
Durante a oitiva realizada nesta terça-feira (16), com a presença da secretária de Habitaçãoda Prefeitura de Natal, Íris Machado, o parlamentar reforçou a importância do papelinvestigativo da Câmara e apresentou questionamentos considerados essenciais para atransparência na gestão da política habitacional do município.
Entre os pontos levantados, Cláudio Custódio indagou sobre como é organizada a lista deinscritos para receber casas pelo município, quais os critérios de prioridade utilizados naseleção dessas famílias e quais mecanismos a Prefeitura possui para proteger osbeneficiados contra eventuais pressões de grupos externos, como facções criminosas,tema sensível que vem sendo debatido nos bastidores das ocupações urbanas de Natal.
A postura do parlamentar tem chamado a atenção pela firmeza aliada ao respeito à gestão,às instituições e aos movimentos populares, consolidando sua atuação como fiscalizadoratento às demandas sociais e defensor do diálogo transparente na construção de soluçõespara o déficit habitacional de Natal.
O vereador reforçou que seu papel não é o de acusar movimentos sociais, mas de garantirque os recursos públicos e as políticas de moradia cheguem às pessoas de forma segura,transparente e democrática.“Nosso compromisso é com a população e com a verdade,obedecendo critérios rigorosos para o processo de seleção das famílias e assegurar queessas pessoas estejam protegidas e não sejam alvo de coações ou ameaças”, afirmou.
A oitiva aconteceu no mesmo período em que o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas eFavelas (MLB) divulgou nota rebatendo acusações e destacando as conquistas alcançadasnos últimos anos, como a regularização de 2 mil casas e a doação de 750 toneladas dealimentos. Custódio, no entanto, manteve sua posição de equilíbrio, defendendo o direito deinvestigação e a necessidade de ouvir todos os lados, sem julgamentos antecipados.